A lavadeira

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Vídeo: como ter uma cama linda

Do blog: Ask Mi

Oi, povo!!!
Então, tô adorando as dicas do blog da Marina para organizar a casa. Ainda mais porque ela tem um super bom gosto. Mas sempre fico na dúvida de como adaptar as sugestões que ela dá para alguém que tem uma mega estrutura de casa (leia-se um apartamento lindo, enorme e uma equipe de home maids - ai, tô chique - para auxiliar nas tarefas diárias)
Então com relação ao vídeo abaixo, deixei para ela a seguinte pergunta:

Oi, Marina! Eu de novo! Então... Para ter uma "cama de hotel" é necessário que se tenha alguém para fazer o "abre-cama" por volta das 18hs - ainda mais a gente que trabalha o dia inteiro, quer chegar em casa e se jogar, não ficar bancando a Teodora pra arrumar cama igual de hotel, certo? Adorei a dica pra não deixar o lençol aparecendo quando a cama estiver "fechada", mas existe um meio termo? Uma cama que possa ficar entre a totalmente fechada e a pronta para dormir. Vou ser mais clara: algo que fique lindo durante o dia e que, de noite, é só puxar o cobre leito e se jogar? Obrigada! Beijo.
Vamos ver se teremos a resposta.
Ah! Importante dizer que a Home Organizer que aparece neste video e no postado anteriormente é a Ingrid Lisboa, de São Paulo. Alguém aí conhece uma organizer sensacional em BH para indicar? Porque cada dia que passa eu tenho mais vontade de fazer as malas, colocar o filho no carro e me mandar pra terra da garoa! São Paulo é a New York tupiniquim. E como diria Alicia Keys e Jay-Z "Concrete jungle where dreams are maid of, there´s nothing you can´t do".
Beijo!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Vídeo: Campanha Tiffany & Co: Some Holidays Are Unforgettable


Povo!!!
Alguém viu o vídeo novo da Tiffany & Co?! Na abertura do site?! Eu vi... E achei TÃO lindo! Uma vibe tão Sex And The City, tão Carrie Bradshaw apaixonada em New York... (Eu vi pela milionésima vez o filme ontem, tá? Por isso to nessa onda.)
E domingão, ah... vá... Domingão é dia de sonhar né, gente?! Ficar de perna pro ar curtindo o fim do fim de semana e pensando na semana que vai entrar. E este domingo ainda é mais especial! É o último domingo do ano! Então vai aí uma inspiração para novos sonhos, novos romances, realizações, brilho nos olhos, enfim... Toda a sorte de beleza que um Tiffany & Co pode proporcionar a uma mulher!
Muita preguiça e sonhos pra vocês!


sábado, 24 de dezembro de 2011

Vídeo: jóias para madrinhas de casamentos no verão

Do blog: Constance Zahn

Oi, povo!!!
Não é porque eu desisti de subir ao altar que eu vou ignorar as coisas lindas e poéticas da vida - AINDA MAIS QUANDO SE TRATA DE JÓIAS! E também tenho muitas amigas e leitoras queridas que estão com o enlace batendo à porta, então... Por que não contribuir para este momento mágico com algumas diquinhas, certo?
A mulherada que se liga no mundo casamenteiro sabe que a Constance Zahn é uma referência nesse assunto. Pelo bom gosto e pela expertise que a moça coleciona, o blog dela é um dos mais acessados, procurados e comentados do mundinho véu-e-grinalda!
Bem, ela postou um vídeo feito na Vivara (já tive uma aliança linda de lá... Sabem como é, né? Noiva 3 vezes já tive aliança pra todo gosto! Ehehehe...) com jóias para as madrinhas usarem em casamentos na praia. 
A gente sabe que, para desepero dos amigos que andam com as contas na ponta do lápis, ultimamente os destination weddings ou casamentos em lugares lindos fora da cidade natal dos noivos (aqui em Minas a gente tem visto MUITOS casamentos em Tiradentes) tem sido muito constantes. E, claro, o dilema do que usar vem junto na mala.
Como eu sofri horrores para decidir que adornos usar no casamento da Lígia, minha amiga, achei pertinente ouvir umas diquinhas de como coordenar cores (ainda que você não possa comprar as referidas jóias) e o que priorizar entre anel e brinco. Espero que gostem!
Beijo...



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Borracharia Gastropub

Oi, povo!!!

Kings Of Leon by Sex On Fire on Grooveshark

Sexta-feira, dia de alegria, amigo oculto nas empresas e muuuitas festas pré-Natal!
E por isso o serviço de utilidade do Meu Eu No Varal lança a coluna semanal PLANETA BALADA!
Vou fazer o possível para ir pessoalmente em cada lugar bacana de BH atrás de opções de baladinhas pra vocês! (Ok, é uma desculpa também para sair de casa pra um canto diferente toda semana! Farewell rotina chata!)
E para estrear bem, ontem, mesmo tomada pela preguiça e pelo cansaço, passei a mão no filhote e fui dar os parabéns pra um amigo querido no Borracharia Gastropub.
O Borracharia Gastropub é um espaço pra lá de inusitado: fica nos fundos de um posto de gasolina no bairro da Serra, zona sul de BH. Mas engana-se quem pensa que é um muquifinho sujo e fedido de graxa! 
É um pub bem legal, bem decorado e bem frequentado, onde se come e bebe muitíssimo bem!
Ontem vi de tudo lá: desde a turma do chopp, passando por mil tipos de cervejas e até uma rodinha de amigas tomando um rico e gelado espumante. Muito bom!
O menu da casa, assinado por Jaime Soares, tem de tudo um pouco: desde de petiscos pra hora feliz nossa de cada dia, até pratos sofisticados para um jantar bacana - e, por que não, romântico? (Alguns cantinhos têm uma iluminação indireta que propiciam uma excelente atmosfera para impressionar moçoilas com seu bom gosto sem ser clichê.)
O prato de maior destaque na casa é a costelinha ao molho de mel, laranja e mostarda dijon. A carne é assada por mais de 10 horas em forno brando e chega à mesa acompanhada por legumes. Deve ser mesmo mega bom! Não comi porque dei só uma passadinha e não daria tempo (além de eu não comer costelinha), mas dia desses eu volto lá e faço o namorado de cobaia para dar suas impressões. Para quem tem um paladar um pouco mais al mare, opções de frutos do mar e receitas caprichadas. Entradas e sobremesas também estão incluídas! Para beber, chopp Albanos  e cerveja. A casa serve as mineiras artesanais Reines (em duas versões) e oito variações da já tradicional Backer.
Boa dica pra semana-marasmo entre Natal e Ano Novo pra quem, como eu, vai ficar à deriva em BH!

Vai lá! 
Endereço: Av. Afonso Pena, 4321 - Serra
Telefone: (31) 2127-4321
Tipo de cozinha: Variada
Média de preço p/ pessoa: R$20 a R$40 ($$)
Região: Mangabeiras
Horário de funcionamento:
  • Segunda e Sábado - 12h às 15h
  • Terça a Sexta - 12h às 15h e das 18h às 23h

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vídeo: organizando prataria, louças e cristais

Do blog: Ask Mi

Bom dia, povo!!!
Daqui pra frente vamos falar um tiquinho de assuntos relativos ao nosso lar doce lar. Ando amadurecendo a idéia de construir meu ninho com o filhote e me interessando bastante por shoppings de coisas pra casa. (Não posso deixar de fazer referência à musa Carrie Bradshaw no SATC II quando ela fala: "I´ve been cheating fashion with furniture!" Tudo a ver.)
Vi no blog da Marina este vídeo sobre organização dos armários de pratas, louças e cristais. 
Bem, é verdade que o espaço que ela tem para guardar os itens é ENORME e poucas de nós temos essa disponibilidade em casa. Mas de qualquer forma é uma boa fonte de inspiração e idéias para quem está montando o novo lar ou dando uma geral de fim de ano.
Como não poderia deixar de ser, resolvi interagir com a autora e enviei-lhe o seguinte questionamento:
Oi, Marina! Gostei muito desse vídeo, mas acho que a sua realidade de ter armários espaçosos para guardar as louças e pratas não condiz com a de muitas leitoras que tem os espaços um pouco menores. Neste caso, qual dica você nos daria para que pudéssemos manter nossos pertences igualmente organizados, porém com menos espaço? Utilizar como decoração é uma opção? Abraços...
Vamos ver se ela responde trazendo uma luz pro fim do nosso (apertado) túnel.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Esmalte Chanel 179 Gold Shimmer

BOM DIA, POVO!!!

Labels Or Love by Fergie on Grooveshark


Então... No dia do casamento mais esperado do MEU ano (segue a noiva aí! @Ligia_Lolli) fui me arrumar, como sempre, lá no Marcus Martinelli Equipe (já canseeei de falar dele aqui!). E uma das coisas que mais me deixa entre a cruz e a caldeirinha é sempre que cor de esmalte usar. Eu adoro esmalte escuro – ainda mais porque sou TRANSPARENTE, então o contraste sempre fica muito legal  – mas o namorado, assim como a maioria dos homens, prefere o clássico clarinho... Então tive que me virar entre a obviedade e a subversão (hihihi... to amando essa palavra!).
Meu vestido era meio rosa, meio nude, um treco bem furta cor com reflexos dourados, de tafetá em camadas (o mesmo que usei nesse post aqui). E como eu era madrinha, cada detalhe foi super importante.
Daí escolhi o Chanel 179 Gold Shimmer.
Confesso: nunca tinha usado um Chanel antes! Fiquei impressionada! Se não fossem as minhas unhas de papel e o crescimento natural delas, estava com a mesma mão do dia do casamento até hoje! O negócio não sai! (Sim, porque tem umas marcas importadas por aí que custam o olho da cara e o esmalte é uma porcaria! Sai em dois dias!)
Chanel 179 Gold Shimmer na minha mão transparente!
Vidrinho sensação. Preço: R$ 92,00 na Sack's.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Adcos Bloqueador Solar Tonalizante Gel Creme Facial FPS 40

POVO!!!

Depois de uma sessão lamúria de ontem, cá estou eu pra falar de beauté novamente!
Eu tenho uma mania séria de querer acabar com as coisas lá de casa. Por um simples motivo: poder comprar coisas novas sem culpa! Ahahahaha... Então uso tudo sem parcimônia, o que, invariavelmente, traz benefícios para mim! Cremes, maquiagens, shampoos, hidratantes, paste de dente, perfume... Quero usar tudoaomesmotempoagora só pra poder ficar com a sensação de missão cumprida e jogar com gosto as embalagens vazias no lixo. (Então vocês podem imaginar o tamanho do meu ódio quando a minha mãe coloca água no sabonete líquido pra poder “aproveitar o restinho”, né?)
Bem... Lembro que ano passado, quando eu vi pela primeira vez o tal do protetor solar tonalizante, achei o máximo, mas o preço do produto em questão (Spectraban, não tem problema falar) era bem alto. (Com o dinheiro de um frasco do produto eu comprava um pacote com 62 fraldas pro meu filho. É assim: moeda de mãe é fralda e lata de leite.) Daí pedi pra minha tia de Natal, já que ela queria dar só lembrancinhas pra moçada (é a crise), mas ela já tinha comprado a minha, então acabou que fiquei a ver navios...
E eu sempre tive uma crise existencial com o trio protetor solar + hidratante + base na hora de maquiar. A impressão é que a mulherada fazia um reboco na fuça e o resultado no final do dia, ainda mais para peles oleosas como a minha, é uma bela de uma espinha!
Bem, um dia desses, tomando banho e espiando o banheiro, eis que me deparo com uma bisnaguinha da Adcos que dizia: PROTETOR SOLAR TONALIZANTE HIDRATANTE FATOR 40!
Quase caí pra trás! Como é que aquilo tinha ido parar ali e como é que eu não tinha visto?! Obra de mãe e irmã consumistas, com certeza!
No dia seguinte resolvi experimentar. E não é que a cor era exatamente a cor da minha pele?! ADOREI! E, lógico, afanei o produto.
Seguinte: a textura não é das mais fluidas. É bem pesada, aliás, e densa. Para aplicar e ele espalhar bem e ficar fininho, adotei o truque de passar com a pele um pouco úmida, logo depois do banho. Funcionou!
A cobertura da pele também ficou bem boa! Comparável à da base da Natura Faces – que é a que eu mais uso e acho ótima! Não me deixa com cara de massa corrida.
E o grande lance é que ele não é comedogênico, ou seja, não obstrui os poros. Zero espinhas pra mim. E ontem, para reforçar a sensação de hidratação que eu já tinha reparado ser bem boa, o namorado falou que a pele estava bem macia!
Encontrei, enfim, meu 3 em 1 do coração!
Gente, desculpa se a resolução não estiver muito boa, mas não teve como fazer uma captura de imagem direto do site...


Sobre a Adcos:

A Adcos é uma empresa focada no desenvolvimento de cosméticos de tratamentos na área de estética, dermatologia e fisioterapia. Há dezessete anos comprometida com a excelência empresarial e com a qualidade de vida, sua missão é incentivar e desenvolver a pesquisa em parceria com a comunidade científica, de modo a obter produtos e serviços inovadores, seguros e eficazes.

O conceito Adcos de Tratamento visa um atendimento integral, com protocolos personalizados para os profissionais e produtos para manutenção do tratamento para os clientes. Dispõe de uma equipe técnica composta por farmacêuticos e químicos especializados em cosmetologia e dermofarmácia com trabalhos premiados no Brasil e exterior. Conta ainda com uma equipe de gestão com profissionais altamente qualificados com vasta experiência no segmento. Suas linhas de produção e armazenagem têm capacidade para dois milhões de unidades por ano e a fábrica está preparada para crescer de forma sustentável. 

Os produtos Adcos são formulados com princípios ativos inovadores, em sintonia com o avanço do mercado global, dentro dos processos tecnológicos internacionais. Uma empresa brasileira com qualidade equiparada aos laboratórios mais sérios e respeitados do mercado mundial. 

Além de atuar em todo o território nacional com mais de 200 pontos de venda, a Adcos também possui distribuição em Portugal.



Adcos em Minas Gerais:

ADCOS BH | BH SHOPPING
Endereço: BR 356, 3.049, Piso Mariana, Lj 57 - Belvedere - CEP: 30320-900
Belo Horizonte - MG
TEL: (31) 3286.2470
E-MAIL: adcosbhshopping@yahoo.com.br
 
ADCOS BH | LOURDES
Endereço: Rua Curitiba, 1506, Lj 2 - Lourdes - CEP: 30170-122
Belo Horizonte - MG
TEL: (31) 3299.2000
E-MAIL: comercialadcosbhz@yahoo.com.br

ADCOS BH | SAVASSI
Endereço: Rua Sergipe, 1333, Lj 05 - Savassi - CEP: 30130-171
Belo Horizonte - MG
TEL: (31) 3223.7006
E-MAIL: comercialadcosbhz@yahoo.com.br

ADCOS BH | SHOPPING DEL REY
Endereço: Av. Presidente Carlos Luz, 3001, 3º Piso, Lj 3118 - Pampulha - CEP: 31250-010
Belo Horizonte - MG
TEL: (31) 3292.3145
E-MAIL: adcos.bh@adcos.com.br

ADCOS JUIZ DE FORA
Endereço: Rua Braz Bernardino, 199 - Lj 114 - Galeria Patio Central - Centro - CEP: 36010-320
Juiz de Fora - MG
TEL: (32) 3232.4252 ou 3232.3726
E-MAIL: adcos@ymail.com

ADCOS UBERLÂNDIA | CENTER SHOPPING
Endereço: Av. João Naves de Ávila, 1331, Pavimento A, Lj 42 - Saraiva - CEP: 38408-100
Uberlândia - MG
TEL: (34) 3225.6540
E-MAIL: adcos.uberlandia@adcos.com.br

ADCOS UBERLÂNDIA | CENTRO
Endereço: Av. Rio Branco, 150 - Centro - CEP: 38400-056
Uberlândia - MG
TEL: (34) 3235.0659 | 3084.3599
E-MAIL: adcos.uberlandia@adcos.com.br

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

The unforgiven

Perdi o tesão. Perdi a vontade. O sonho morreu. Não vejo mais objetivo, função. Já acho que é tudo brega demais. Gasta-se dinheiro demais. Virou um show, um circo e a palhaça, pra variar, sou eu. Antes eu sabia direitinho como eu queria tudo. Imaginei o cenário, as músicas, o beijo, as velas, os aplausos, o brinde, a alegria. Hoje eu só imagino o teatro. Eu tinha idéia do vestido, do véu. Hoje já acho vestido bolo muita coisa e vestido lânguido muito simples. Véu ficou hipócrito, branco ficou utópico e ao mesmo tempo não ter nada disso é feio. Não estou indecisa sobre o que gostar ou não porque não tenho O QUE decidir.
Lá vou eu ser mais uma Cantoni a colecionar o desgosto de ter que enterrar um desejo, uma vontade. E eu sei que já falei que desisti disso um milhão de vezes, mas era tudo da boca pra fora, já que da tela pra cá eu continuava vendo e me colocando dentro de cada uma daquelas festas que eu via nos blogs, daqueles vestidos, indo ao encontro de um noivo que estaria às lágrimas de alegria de me ver pronta para ser a mulher dele. Tc. oram tantas flores jogadas ao longo de um caminho que eu esperava ver florido e não foi nada além de pisado – tal como o coração – que hoje tudo me incomoda. Dá preguiça de ver, preguiça de ler. Tô tendo tanto trabalho com a pá de cal e com a vida real que esses contos de fada deixaram de permear meu cada vez mais consciente inconsciente. alvez minha mãe esteja certa. Amarga demais.

The Unforgiven by Mettalica on Grooveshark

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Louca de ciúme

O melhor de tudo não foi tão somente rasgar os papéis. O melhor de tudo foi rasgar todas as contas que foram enviadas para um endereço que não era o nosso. Não era sequer dos seus pais ou da sua avó. Triturar todo o resto de lembrança daquilo que você um dia chamou de “lar” ou “nossa casa”. Todas as faturas de cartões de crédito que não compraram presente pra mim ou pra nós. Mandar embora toda a sua poeira, reduzir a lixo o documento daquele carro onde você não andou sozinho, que não continha a nossa história de uma noite muito louca. Sabe-se lá quantas outras noites e em que companhias muito loucas você passou naquele carro.
Doar, jogar fora, mandar pro lixo para todo o sempre amém blusas que você não usou pra me abraçar, que nunca viram meu cheiro, sapatos que não trouxeram você pra mim antes que tudo isso acontecesse.
Ver você mandar embora sem volta cartões inúteis de namoradinhas da quinta série, fotos suas abraçadas a uma outra qualquer na sua formatura de terceiro ano, bilhetinhos tolos azuis com algum garrancho, em cujo campo de destinatário alguma tola tenha escrito “Felipe, meu amor”.
Também torci em silêncio para que seu computador precisasse ser formatado sem back up, pra que você perdesse fotos escondidas em algum lugar daquele maldito HD e a playlist “Segundas intenções” fosse mandada pro inferno – onde, aliás, se encontram as boas intenções.
Como bem disse uma amiga minha de colégio no encontro de sábado: sou avessa a fotos. Os melhores clicks estão na minha memória, não preciso de um papel pra me lembrar.
Quer dizer, eu preciso. Das nossas fotos. Não das SUAS fotos onde eu não apareço nem sequer por trás da câmera.
Verdade. Mas bem mais ou menos.
Graças a Deus as lembranças vão ficando meio embaçadas com o passar do tempo e hoje confesso que tenho que fazer alguma força pra me lembrar de fisionomias de anos atrás. Acho que com todo mundo é assim e com você, meu amor com o cérebro do tamanho de uma azeitona, não seria diferente. Então às favas com as fotos!
Você me pediu que te ajudasse a empreender a tarefa de arrumar o guarda roupa. Acontece que ver seu passado passar por mim doeu mais do que eu imaginava. E eu imagino coisa pra caramba!
Ver que o que veio errado na sua mudança você nunca jogou fora, que lembranças insignificantes você nunca jogou fora, doeu demais. E você me comparar com a sua ex-mulher como num ato de heroísmo da minha parte ter conseguido arrancar um ranço de você foi um soco na boca do estômago!
O Fred foi meu primeiro namorado, sabia? Foram dele as cartas mais lindas que uma mulher, adolescente ou não, podia ter recebido na vida. E sabe o que eu fiz com elas? Joguei fora. Joguei fora os cartões mais apaixonados que recebi, as camisas que guardava de lembrança, várias fotos do que um dia fomos nós dois – e por “nós dois” defina-se eu e todo aquele que não foi você.
“Eu hoje joguei tanta coisa fora
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias
Gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim”
Eu te falei que às vezes a vida da gente não anda por causa do tanto de tralha que a gente vai guardando. Você riu e deu de ombros até encontrar, no meio da bagunça, um cartão que precisava há tempos para resolver um problema. Viu? A vida andou.
Não sei como você não conseguiu entender o meu desapego na hora de arrumar o meu armário... Se não usa há mais de um ano ou se não cabe mais, é lixo. Se não faz mais parte da minha vida, é lixo. Sou pequena demais pra ser museu. E nos meus 162cm de altura só cabem o presente – que, como diria Drummond, é tão grande – e a perspectiva de um futuro sensacional. Olhar pra trás é a mesma coisa que olhar nos olhos da Medusa: morte certa. Eu sei que o que sou hoje é fruto do passado, mas o que serei amanhã vai ser fruto de hoje. E não vou seguir arrastando correntes.
Tudo isso pra te dizer que eu fiquei com muita raiva de você ter tido uma vida antes de mim. Você devia ter me esperado eternamente, num monastério, num retiro budista na Índia, sei lá! Eu devia ter sido a primeira em tudo.
E não se atreva a dizer que o meu passado cresce a cada dia diante dos seus olhos te chamando pelo nome. Só eu sou passível de loucuras possessivas. Você não.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

M.A.C Wonder Woman

Depois de um longo e tenebroso inverno, eis que volto a me aventurar no mundo da moda e da beleza em busca de novas possibilidades para o horário extra 9 to 5...
E confesso que tenho comprado, ganhado e descoberto muita coisa bacana. Logo, com vista aos novos projetos que virão em 2012, nada melhor que exercitar a redação publicitária (ainda que nenhum dos próximos posts sejam piblieditoriais - YET) aqui no meu espacinho para que quando as novas portas se abrirem a escrita esteja devidamente afiada afim de agradar potenciais clientes e fornecedores.
Vamos começar com as minhas (boas) impressões sobre um gloss da M.A.C que ganhei de presente da minha tia.
Snob
Quando a gente fala em M.A.C tem-se a sensação de algo já batido, afinal, todo mundo junta uns trocados pra ter um Snob, um Ruby Woo ou um Russian Red na necessária. Me arrisco inclusive a dizer que, assim como o iPhone, virou uma coisa meio pop.
Há algum tempo eu experimentei sem muito sucesso um Snob (do salão) para uma ocasião especial e não fui das mais bem sucedidas. Não sei o que acontece com a minha pele, mas fato é que eu NUNCA consigo encontrar (e tento com MUITO esforço) um tom de batom que fuja ao trivial E fique bom em mim.
Com cor de cabelo é a mesmíssima coisa - tanto que minhas amigas dizem que sou uma metamorfose ambulante, já que fui loira, morena e hoje ostento a duras penas um ruivo em homenagem única e exclusiva a um namorado louco por ginger girls.
Fui madrinha do casamento de uma das minhas melhores amigas há duas semanas e o resultado da tentativa de me entregar a um batom vermelho foi desastroso! Tive que me render ao bom e velho tom de boca.
É muita boca pra muito batom. Não ornou!
Mas, como nem tudo nessa vida está perdido, na segunda-feira, minha tia me deu um gloss da coleção Wonder Woman M.A.C.
Quando olhei a caixinha claro que fiquei mega feliz. Quem não fica feliz de ganhar M.A.C nessa vida?! Mas ao abrir o tubinho e tirar o aplicador me assustei com o TAMANHO da esponjinha. É GIGA! Coisa de super-heroína mesmo! E o conteúdo era muito vermelho. "É para o Natal!" Respirei fundo e guardei o mimo decidida a experimentá-lo antes de julgar.

GIGA aplicador!
Dia seguinte, atrasada pro trabalho - como sempre - e eis que me arrisco a passar o gloss no trânsito, entre um sinal fechado e outro. DESASTRE!
O aplicador, lógico, por ser grande, traz uma enorme quantidade de líquido! Por pouco não fiquei feito uma palhaça. Tentei espalhar o máximo que pude, mas ainda sim ficou carregado, escorrendo e borrado porque é meio denso! CAOS! Mas pelo menos a cor não era tão forte quanto eu achava. 
Cheguei no trabalho e "lapidei" os borrões na boca. Ficou ok.
Tenho que dizer que durou bastante para um gloss e hidratou os lábios também - o que, para alguém que tem os lábios subsaarianos como os meus, é uma vitória! Evita as malditas pelinhas que se soltam depois que o gloss seca/acaba e que a gente fica com ganas de morder e arrancar.
Bem, ao longo do dia fiquei um pouco traumatizada com a experiência "glossorrágica" e não reapliquei depois do almoço.
Mas hoje tive um evento importante de um parceiro de vendas da empresa e resolvi usar o bendito de novo, só que aplicado de uma forma diferente: em vez de passar a esponjinha direto nos lábios, peguei o conteúdo da pontinha aos poucos com um pincel fino de batom e fui desenhando de pouco em pouco como se fosse um lápis. Isso exige sim um teco de habilidade, mas nada que uns dias de treino e doses de delicadeza não resolvam. Depois do desenho feito, caprichei um pouco mais na dose e fui preenchendo até ficar na cor que eu queria.
Ficou lindo! Pena não ter tirado foto para vocês verem. Não ficou translúcido como um gloss e nem seco como um batom matte, por exemplo!
Sensacional! Agora quero todos os glosses coloridos da M.A.C! Alô? Noel? Tem uma loja no Pátio e uma no BH, tá?!
**
Atualizando: fotos de hoje com o mega gloss!

Pouco preenchido

Bem preenchido

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Obrigada, Ian!


Oi, meu filho...
Ontem, depois de muito tempo você me viu chorar. Estávamos só nós dois em casa e eu não conseguia sair do chão.
Enquanto as lágrimas escorriam incessantemente pelo meu rosto, você veio e se sentou no meu colo, pegou a Bíblia e começou a folhear. Não fez bagunça, não me chamou, não falou nada. Só ficou ali, no meu colo, folheando a Bíblia.
Sabe, filho, às vezes as pessoas que a gente ama magoam a gente. Elas nos fazem sentir pequenas, diminuídas, humilhadas. Às vezes fazem isso sem querer, tentando nos dar uma lição, demonstrar algum amor. E no fim das contas a gente entende. Mas dói. Dói pra caramba. E a gente fica inerte, como se culpa de tudo o que não deu certo nessa vida fosse nossa, como se algumas escolhas pudessem ser feitas por nós. E, acredite, muitas vezes as situações em que vivemos são frutos das escolhas dos outros. Dos nossos pais, daqueles a quem chamamos de companheiros... E algumas dessas situações são recorrentes. A elas a gente fica imune, muito embora algum sintoma de tristeza pela impotência diante dela apareça de vez em quando.
Eu fui MUITO magoada ontem, meu filho. MUITO. Mas com o tempo aprendi que ser quem eu sou, estar na família em que eu estou, ter os amigos que tenho, trabalhar onde eu trabalho não são deméritos. Ninguém é perfeito. Por favor, aprenda isso. As pessoas podem te dar ou não o que você quer, seus objetivos podem ou não coincidir, elas podem estar ou não à sua altura, serem dignas da sua convivência, do seu amor, do seu afeto, da sua amizade. E se não forem dignas, simplesmente vá embora, filho. Não se relacione. Se o fardo deles for pesado demais, feio demais, fedorento demais para você agüentar, vá embora. Mas não julgue. Porque para muitos o seu fardo vai ser assim também.
Fardo é aquilo que a gente carrega ao longo da vida. São os nossos pais, nossas experiências, nossos traumas, nossos amores desfeitos, nossos defeitos. É o nosso pacote. Todo mundo tem um, Ian. Não se iluda quanto a isso. Mas você tem sempre a escolha de dividir ou não esse fardo. Aceitar ou não o fardo alheio. Como sua mãe, só me resta desejar profundamente e te instruir para que pegue o fardo mais ADEQUADO. O mais adequando não vai ser o mais leve, mas vai ser aquele que você vai carregar com AMOR. E quando eu falo de amor, filho, eu falo de um amor que é comparável a uma fala bíblica e outra que seu bisavô deve ter adaptado desta. A bíblia diz: que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita. E seu bisavô dizia: quando a gente dá alguma coisa pra alguém, a gente esquece.
Então, Ian, se você der alguma coisa pra alguém, não cobre. Não jogue na cara. Se perdoou, esqueça. Se ama, que seja de graça. Se quer alguém na sua vida, esteja na vida dela. Se quer que ela abrace os seus, abrace os dela. Mas faça isso COM AMOR, sabendo que “é necessário que se ature duas ou três larvas se quiseres conhecer as borboletas”.
Ontem você segurou meu fardo com amor, meu filho. Obrigada.
Na ternura e na ingenuidade dos seus dois anos você embalou meu sono com ternura, carinho e cuidados. Ontem, filho, quem cuidou de mim foi você. Quem aplacou minhas lágrimas com a roupinha foi você. Foi você quem me embalou nos braços e me fez dormir.
Te coloquei na cama, olhei nos seus olhos e dei boa noite. Você, antes de virar pro lado, falou “te amo mãe”. Respondi que também te amo, meu filho.
Você se virou de costas pra mim. Mas antes de adormecer, voltou e me pediu “vem cá, mãe”. Puxou minha cabeça de encontro à sua, encostamos os narizes como em beijo de esquimó. Você pegou meu braço e me fez te envolver todinho no meu abraço, ainda com a testa colada. Se mexeu, se ajeitou e colocou a mãozinha em volta do meu pescoço. Começou a fazer carinho. Depois se virou de costas de novo, mas não largou meu braço. Me fez te abraçar de conchinha e fez carinho até dormir.
Meu coração lacerado, pequeno, humilhado ficou grande de amor. Cheio, inchado. Porque eu coloquei o melhor menino do universo na Terra. Deus me deu um anjo pra cuidar. “Um anjo do céu que me escolheu.” E eu chorei baixinho, filho, mas dessa vez de alegria. De alegria de ter você e saber que nós dois juntos vamos sempre de mãos dadas e que não importa o que aconteça, nós sempre vamos ter para quem voltar: um pro outro.
Te amo, Ian! Obrigada.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Amigo oculto #1

Outro dia falei pro namorado que não estava muito embuída do espírito natalino esse ano. 
Mas não adianta, né? A gente não consegue fugir dos amigos ocultos da empresa, da loucura dos shoppings e até, por que não?, da beleza da cidade toda iluminada. Confesso que sou meio aleluia (aquele bicho que é atraído pela luz) e adoro uma iluminação bem feita. (Até estou pensando seriamente em trocar todas as lâmpadas da minha casa por lâmpadas de led. São bem mais bonitas, duram mais, iluminam mais e consomem menos.)
Bem, mas o que quero dizer é que na próxima sexta é o primeiro amigo oculto de Natal. Só de mulheres aqui da empresa. 
Foi um mega desafio escolher este primeiro presente porque 1) eu não conheço a minha amiga e 2) o presente tinha que ser de, no máximo, R$15,00.
Aproveitando uma ida-resolvedora de pepinos-ao-shopping, eis que calhei-me em frente à Imaginarium. Loja muito bacana para dar presente impessoais, divertidos e não muito caros.
Confesso que não encontrei nada legal por R$15,00, mas por R$20,00 tem muita coisa! E como o escorpião não habita este bolso e é sempre bom causar boas impressões, o que são R$5,00 a mais por um sorriso - ainda que desconhecido -  não é?
Optei por este conjunto de copos bem legal! 

No site da loja eles ficam ainda mais baratos: R$7,90! Dava até pra comprar dois conjuntos, mas o tempo de entrega não me permitiu.
Enfim, fica a dica pra quem quer presentear muita gente nesta data querida mas anda com a grana curta...
Atualizando: taí meu presente esperando para ser entregue...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Trocas

Eu troquei sim.
Todas as mentiras por uma verdade.
Todas as inseguranças por uma certeza.
Todas as agressões por um porto seguro.
Todos os porres por um café da manhã digno.
Toda a falta de perspectiva por um raio de luz no fim do túnel do futuro.
Eu não traí ninguém. Eu fui fiel a mim.
Depois de meses – que mais pareceram anos – segurando barras que não eram minhas, trancos que não me diziam respeito, sofrimentos que em nada me pertenciam e ainda sim ser digna e leal a você; depois de sofrer inúmeras humilhações e interrogatórios da sua família, me expor para te defender sempre, abdicar da minha família sem um gesto de respeito ou consideração que fosse, eu caí em mim e percebi que se eu não cuidasse da minha vida, então duas estariam perdidas. Porque eu jamais conseguiria te salvar e acabaria afundando a mim mesma.
Tivemos momentos de felicidade. Será que foram reais em meio a todas as mentiras?
Tivemos momentos de verdade. Esses foram os piores porque não eram verdades espontâneas, eram verdades descobertas ou realidades lancinantes.
Nunca tivemos momentos de honestidade, muito embora em mim isso tenha sido um princípio a reger todo o relacionamento. Meu passado me bateu demais pela falta de transparência.
Assim como ninguém muda ninguém, eu não conseguiria mudar você nem em um milhão de anos. E como não tenho todo esse tempo, o melhor que fiz foi ir embora. Por mim e por você.
Eu sofri. Tenho certeza que você também.
Eu fui por outro caminho. Não sei qual você tomou.  O que sei é a estrada era apertada demais para continuarmos os dois seguindo nela e em direções opostas. Porque eu não te seguia e nem você a mim. Batemos de frente todo o tempo tentando empurrar um ao outro e tudo o que conseguimos foi nos machucar.
Felizmente o amor sorriu pra mim mais cedo. Talvez porque eu tenha merecido, talvez por sorte, talvez porque fosse realmente a hora. E o amor vai sorrir pra você também.
O amargor do fim passa por todos os lábios, mas não precisa permanecer neles. Cuspa esse fel e liberte-se de nós.
Deixei pra você a estrada livre para que você seja melhor, viva melhor e encontre alguém que te faça realmente feliz. Que não te cobre tanto, que seja mais leve, menos séria, que não queira e nem tenha um compromisso, que traga somente bons momentos, que se conforme sem pedir em troca, que se adapte a você.
Eu sou inquieta, ansiosa e inconformada demais para ver a vida passar na minha frente e não fazer nada, para ver as coisas erradas e não corrigir, para ser figurante na minha própria história esperando que, um dia, pela boa vontade de alguém, eu seja finalmente vista e promovida a protagonista. Não consigo. Não tenho paciência.
E assim como você não foi obrigado a conviver com as minhas imperfeições, também não sou obrigada a conviver com as suas. Acho que somos insuportáveis demais um para o outro. Pena que fomos tão fundo, nos envolvemos tanto para descobrir isso. Às vezes, se tivéssemos sido mais fúteis no começo, descobriríamos tudo isso antes e envolveríamos menos pessoas na decepção que fomos nós dois.
Isso foi um desabafo sensato carregado de tristeza. Não é nem mágoa. É tristeza. Pelo que você se tornou depois do fim. Por tudo o que disse, por tudo o que fez. Eu não proferi nenhuma palavra a seu respeito, embora tivesse tudo para falar. O que vi, o que vivi, o que sei. Mas não. Calei. Por respeito. Por dignidade. Por maturidade. E te defendi quando qualquer pessoa ameaçava tocar no seu nome – ainda que essa pessoa tivesse razão sobre o que quer que fosse falar. Porque não é justo julgar alguém que não está ali para se defender. E eu poderia, afinal, você anda falando cobras e lagartos sobre mim. Mas eu prezo a minha honra, minha elegância, minha classe. As coisas não precisam terminar assim.
Te proponho então uma trégua. Nem ode aos bons momentos, nem a vergonha sobre os maus. Simplesmente ignoremos o que foi e foquemo-nos no que pode ser. Você, sua vida, daqui pra frente. Eu, minha vida, daqui pra frente. Esquece que um dia eu passei por você. Recomece. Porque uma coisa eu te garanto: outra história igual, nunca mais vai haver. Graças a Deus.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Também ganhei um texto!

Chegou na minha caixa esse texto de um amigo querido que nãoo vejo pessoalmente há muito tempo e que acompanha, de uma forma ou de outra, minhas "aventuras" pela vida.
Ele me mandou esse texto dizendo:
"Cá, 
Andei pensando e essa deve ser a sensação de alguém que te perde.
Ainda bem que te tenho sempre como amiga. Não suportaria viver nem por meio minuto tudo o que pensei que alguém pode viver por uma vida sem você depois de ter de conhecido.
Abraços..."
Obrigada, querido!

E agora que ela foi embora?
Que ela fechou a porta, mudou de casa, de telefone, de emprego, de vida?
Quanto tempo vai demorar para descobrirem sobre ela? Sobre as milhões de complexidades que fazem parte daquela cabeça, daquele corpo pequeno que abriga tantas contradições, que é tão frágil e ao mesmo tempo tão forte?
Quem vai descobrir que ela é do tipo de mulher que se ganha com um papel de bala?
Que uma jóia dada de presente, sem um cartão, não é nada além de uma jóia qualquer que ela mesma poderia ter comprado pra si própria?
Que ela chora. Muito. Até em propaganda institucional.
Que, quando ela chora, ela não gosta de ser abraçada.
Que as maiores lições da sua vida ela aprendeu num livro de criança.
Que ela chorou lendo O Pequeno Príncipe no ônibus.
Que ela gosta de dormir com os pés enroscados, apesar de não suportar a tal da conchinha.
Que ela gosta de se sentir segura.
Que tem medo de altura, mas adora montanha russa.
Que queria ser bailarina.
Que queria ser redatora.
Que ela toma florais.
Que ela gosta de pertencer.
Que ela só tem de meiguinha, a cara. De princesinha, o porte. 
Que ela não faz o tipo mulherzinha.
Que ela odeia bancar a vítima.
Que ela é guerreira demais, trabalha demais, é mãe demais, ama demais.
Que ela é a definição do superlativo.
Que ela ama a família antes que qualquer coisa, pessoa, lugar ou animal.
Que ela é a criatura mais especial que o mundo já viu.
Porque ela é ela desde o princípio. Linda, inteligente, doidinha, dócil, brava, severa, séria. 
E agora ela foi embora. Está só na vida. Andando por outros caminhos que eu não conheço, onde não tenho acesso, para onde não posso correr para segurá-la.
Mas ela sempre foi pássaro livre. Engaiolada ela morre, perde as penas, as cores, a alegria.
Eu sei que ela lutou o quanto pôde. Que ela tentou ficar. 
O problema é que eu sempre achei que ela nunca iria. 
Ela persiste em tudo nessa vida. Ela vai até a última gota de sangue pra fazer qualquer coisa dar certo. Mas se não dá, ela é mulher pra desistir e ir embora. Não se sente derrotada, não se sente perdedora. Ela tem certeza, ciência das coisas que faz. Eu queria essa ciência pra mim, mas não tenho. Agora nem a minha, nem a dela.
Vai, moça. Vai pela vida. Procure suas novas batalhas pra travar, seus novos sonhos pra sonhar.
Toda a sua felicidade é merecida e você foi feita uma pessoa pra se amar.
Como eu não soube te dar amor, me resta agora a imensa dor de conviver com a sua partida.
Sabendo que essa passagem você comprou só de ida.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Feliz aniversário!


No começo foi uma angústia. Um sofrimento. Uma incerteza.
Uma certeza. Uma escolha. Uma dor. Uma saudade de 20 anos em menos de 20 horas.
Depois veio a sensação de alívio. Um pouco de medo pela novidade. O começar de novo. Saber seu nome, de onde você veio, o que já fez na vida, se já amou e foi amado, se já sofreu e fez sofrer, que histórias já contou, que histórias já contaram sobre você e, o mais importante, que histórias ainda quer contar.
Lembrei da borboleta. (Dei um Google numa metáfora linda sobre a metamorfose das borboletas que li outro dia, mas não achei a porcaria do artigo. Enfim.)
Que a bichinha nasce um ovo, vira uma lagarta horrorosa e comilona, depois se encasula e sai da casca como uma linda borboleta a gente já sabe.
O que pouca gente sabe é que a ruptura desse casulo é lenta e dolorosa, e que quando ela finalmente consegue se livrar da casca, ela está com o corpo mole e as asas amassadas.
Acho que eu estava assim. Com o corpo mole e as asas amassadas. Até você chegar. Aliás, minto. Até você chegar eu estava com uma visão e um sentimento míopes da vida, enclausurada num casulo pequeno, apertado, que me machucava. Você quebrou meu casulo. Me ajudou a sair dele. Me pegou molenga e amassada. E assim eu estava até um certo oito de setembro. O dia do primeiro de muitos SIM que eu diria a você.
O tempo foi passando. Às vezes rápido, às vezes devagar. Rápido quando estávamos juntos, devagar quando o momento era de espera para te encontrar de novo. Mas em qualquer das duas situações o tempo, esse separa e que junta, nunca deixou de ser intenso.
Acho que demorou tanto pra gente se encontrar que não poderia ser de outra forma. Depois de tantos desencantos, a urgência de alguma coisa verdadeiramente linda nessa vida rege a profundidade de cada segundo que passamos seguindo juntos, em frente. E se há verdade, sinceridade, lealdade, compromisso e vontade espontânea de estarmos dividindo a mesma estrada, o nascimento de um sentimento etéreo é conseqüência das nossas ações.
É bíblico:  
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” Filipenses 4:8
Bem, e logo comigo, óbvio, não haveria de ser diferente.
Primeiro era só felicidade, mas uma felicidade restrita. Eu me policiava o tempo todo para viver um dia de cada vez. Não alimentar sonhos, não nutrir expectativas, não acalentar esperanças, não projetar. Um dia de cada vez. E eu não sou assim. Eu tenho um pé na Terra e um pé na Lua.
Então me permiti sonhar com você. Mas apavorei quando pensei que você poderia, por algum motivo, não sonhar comigo também.
Aos pouquinhos você foi construindo alicerces em mim. Uma casa na pedra:
“Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas ela não caiu, porque fora construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e ela caiu, e a sua ruína foi completa!” - Mateus, 7:24.
Com carinho e (muita!) paciência, foi espantando meus medos, me tomando nos braços, me deixando segura.
E essa segurança favoreceu o nascimento de um sentimento bom que não anula a paixão, mas acrescenta a tranqüilidade na vida da gente. Na minha concepção ele une duas pontas essenciais em um relacionamento. Quando ele permeia duas vidas, ele deixa a gente com cara de Jota Quest:

“Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a sua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu to tranqüilo
Tranqüilo...

(...)

Se isso não é amor, o que mais pode ser?”
 Eu demorei pra sacar que estava amando de novo. Eu achei que ia levar muito mais tempo pra isso acontecer. Eu fui muito machucada pela vida afora. E quando a gente leva um tombo e se levanta, fica mais criterioso, mais exigente, mais chato, menos tolerante pra entregar o coração. Mas você fez ser diferente.
Você não desistiu de mim, você me enfrentou e disse que ia lutar por nós, você me mandou pular pra você. Só que, sem saber, eu já estava aí. Do seu lado. VOCÊ me fez ter coragem.
E, de repente, eu acordei mais que feliz. Mais que apaixonada. Mais do que sorrindo pra moça da padaria. Mais que não me importando com a falta de vaga na rua. Era como se alguma coisa fosse explodir dentro de mim a qualquer momento. Pensar em você acelerava meu batimento e te ver me dava vontade de sair correndo, gritando e ao mesmo tempo de não sair correndo de nada, nunca mais.
Vontade infinita de ficar, de pertencer, um fim da linha bom. Fim da espera, fim da procura, fim da ansiedade, fim de uma busca incessante pela pessoa que, finalmente, me faria ficar. Não porque me segura de alguma forma. Não porque me prende ou me põe em qualquer tipo de gaiola. Sabendo que eu posso ir, ficar porque eu quero.
Aí vem os questionamentos mundanos: mas é muito pouco tempo pra sentir isso tudo, não?
Defina tempo. Quanto tempo é muito tempo?
“Um dia sem te ver é muito tempo. Sessenta anos juntos não é muito tempo não.” 
Lembra disso?
Naquela noite eu tive certeza. Olhando pra você tão pertinho e desejando que você ficasse mais perto ainda, mais junto ainda, eu tive certeza. E dane-se o tempo!
Nosso tempo não é o tempo dos outros. E o tempo dos outros não é o nosso tempo.
E eu queria te falar ali. Mas não tive coragem e ao mesmo tempo acho que queria ouvir primeiro. E, honestamente, tive medo de que não fosse recíproco.
Drummond veio bater um papo nas minhas lembranças:

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.”

De repente você virou um enigma! Será que a gente estava na mesma página? Será que eu estava me precipitando? Sendo afobada? Correndo com as coisas? Você nunca tinha mencionado nada a respeito do que andava sentindo.
Resolvi deixar o que fosse explodir só em mim. Eu dava conta. Como dei.
Fim de semana, fazenda, espumante e palavras fluidas. Impossível segurar.
Não há vergonha em amar alguém. Não há vergonha em não ser amada de volta. Você me resolveu.
Me declarei uma vez. Me declaro todos os dias. Me declaro quantas vezes eu quiser só pra sentir meu riso fácil de novo.
Que bom que você me ama também! Isso é importante! Ufa!
Mas, egoísticamente falando, o mais importante do meu amor por você é o tanto que ele me faz feliz! O tanto que eu estou plena hoje como não era há, pelo menos, três anos. O tanto que estou tranqüila, que mesmo em meio a mil guerras, eu sinto paz. O tanto que estou leve, que me olho dançando no espelho, como foi hoje, e sinto minha inocência de volta. Desarmada.
Então eis aqui o outro presente que você me pediu de aniversário: um texto feliz!
Feliz por mim, por você estar aqui, por nós existirmos. Por tudo o que já foi – ainda que o que foi possa parecer pouco, por tudo o que é e por tudo que pode ser.

“Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

**Colaboraram com esse texto Jota Quest, Deus e Carlos Drummond de Andrade!